Não sabes nada!
Não sabes, a saudade que
sinto, o meu desassossego no vazio das noites longas que passo a pensar em ti,
Da febre e do delírio por te desejar tanto e não te ter a dormir ao meu lado. De
dormir, acordar e o teu nome chamar em vão.
Não sabes, que nesse teu
silêncio adormeço, viajo em falsos sonhos fugindo de ti, fugindo de mim,
enquanto no mesmo sonho, tento resgatar nosso recomeço, na tentativa de adiar
um inevitável fim.
Não sabes da necessidade
louca de sentir para
sempre o gosto da tua boca, de te abraçar nas noites frias de inverno,
noites que se tornam num autêntico inferno.
Não sabes do fascínio que
ainda existe, de todo o tempo que comigo dormiste, do desejo ardente e insano, por teres que ser agora para mim, como um simples estranho.
Não sabes de nada, não queres saber,
por medo de me querer e não me poder voltar a ter. Temos caminhos diferentes, eu sei.
Mas se eu estou aqui ainda
a sofrer por ti. Se tu estás ai a sofrer por mim
Então vamos fazer de tudo
para evitar um fim…
Susana Bastos
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