quarta-feira, 1 de maio de 2013

FALTA DE PELE EMOCIONAL...




FALTA DE PELE EMOCIONAL...

(parte 1)


Há pessoas a quem falta Pele Emocional e pode até não ser intencional, 
Mas acabam por fazer muito mal de forma abismal.
Estas pessoas têm um padrão, são carentes de atenção, 
Tem medo da rejeição e por isso magoam os outros em vão.
São crianças em corpo de adulto que querem apenas ser acolhidos,
Amados e compreendidos.
Mas acham que podem desrespeitar, enganar, magoar,
E todos tem que perdoar.
São oito ou oitenta e para eles não existe cinquenta, 
Tudo os afugenta se não tiverem o que querem com muita certeza.
Procuram um cuidador ou alguém que lhes dê amor, 
Mesmo quando só dão dor, o outro tem que ser sempre protector.
Um relacionamento é intenso, mas instável, pois nem sempre é amável, 
Agradável ou sua de atitude aceitável.
Desencadeia crises de angústia, raiva, ou ódio.
Sempre que há um episódio, 
Em que não o fazem subir ao pódio, pois só semeou ódio.

FALTA DE PELE EMOCIONAL...
(parte 2)


Estas pessoas baseiam-se “mais”nos seus sentimentos do que nos factos reais, 

Não no verdadeiro. No que os outros sentem.
No que vêm, ouvem e vivem…
Ignoram os sentimentos do outro, num egoísmo existente e bem real. 
Se a pessoa amada estiver ausente, é como se não existisse.
É como se ela fugisse.
Há profunda necessidade o tempo todo, que lhe digam que o amam e não o abandonem.
Procura no outro uma forma de preencher o buraco negro do vazio que nele existe, senão ao ser rejeitado perde a sensação de existir.
Em contrapartida após episódios extremos de stress ou dor emocional, prefere isolar-se do resto do mundo, e entrar em depressão ou apatia, do que lutar pelo que quer ou ama, porque se acha incompreendido e não amado.
Sua memoria emocional é curta. 
Acha mesmo que a outra pessoa age mal com ele, quando ele é que o faz.
Por isso tem dificuldade em lembrar as coisas boas que ela já fez por ele, até mesmo achar que nunca o amou.
Acha que se alguém o ama, tem que abandonar seus próprios desejos em prol dele e só dele.
Não gosta de criticas, apenas de criticar. 
Quando está mal e depressivo.
Acha-se má pessoa e que não merece aceitação, julgando-se a ele próprio e virando-se contra as pessoas que lhes dão a mão, por achar não merecer tal aceitação.
Confunde o que é, com o que sente, por achar não corresponder às expectativas dos que ama e é portador de uma baixa auto-estima.
É muitas vezes punido pelas suas atitudes incoerentes e impulsivas, mas acha logo estar a ser punido pelo que ele é e não pela atitude.
Sente-se envergonhado pelas suas acções, fugindo à mudança, por insegurança de falhar, ou apenas por medo que os que estão a seu lado, deixem de o proteger por o sentir mais forte, se abandonar suas fragilidades...

FALTA DE PELE EMOCIONAL...
(parte 3)


Não possui, uma imagem definida de si próprio, e sente-se vazio a maior parte do tempo.
Molda-se aos seus anseios, interesses e preferências, em busca de aprovação.
É compulsivo, impulsivo, explosivo e às vezes até agressivo.
Como não consegue manter um meio termo, não têm por vezes controle e recorre a gastos excessivos, sexo inseguro, uso de drogas, álcool, jogo, comer de mais e uma direcção imprudente. 
Como é óbvio desenvolvem a dificuldade de resistir ou controlar impulsos.
Tem horas e dias que tanto pode estar eufórico e alegre, como assustado e triste. 
E cria um Universo de inseguranças nele mesmo... e no outros que ama.
Pensa de ordem inversa, partindo do efeito para a busca de uma causa, remoendo nos assuntos, acontecimentos e conversas, a fim de detectar criticas ou segundas intenções. Basta achar que há uma segunda intenção para isso se tornar um facto.
A cronologia dos acontecimentos nunca é em tempo real, sente algo de há muito tempo, como se tivesse a acontecer no momento.
O seu comportamento é muitas vezes o reflexo do seu desespero em lidar com situações dolorosas e não, uma busca intencional de manipular e prejudicar os outros.
Quando se acha boa pessoa, acha que merece tudo de bom. 
No entanto quando está deprimido acha-se ruim e que não merecem o amor de ninguém e apenas a punição.
Sentem uma culpa exacerbada e exagerada pelas suas atitudes.
E o arrependimento pelos seus actos, cria uma personalidade sensível, que vive no limite do desespero afectivo, frente à possibilidade de abandono ou rejeição.
Mas o seu egoísmo muito próprio faz com que desligue do sofrimento que causa. Achando-se a vitima da situação e que as suas acções foram apenas causadas pelo desinteresse do outro e atitudes do outro, não conseguindo entender o "cerne" dos acontecimentos, das suas atitudes, como magoou quem ama, e muito menos o quanto é amado.
Desistindo por vezes de ser feliz por esse caminho...

Por: Susana Bastos 
1 de Maio de 2013

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